segunda-feira, 20 de junho de 2011

ATÉ ONDE A TIMIDEZ É UM PROBLEMA

É papel do professor ajudar as crianças tímidas, para que não sofram em situações nas quais os coleguinhas tiram de letra.
Enquanto todas as crianças brincam e se divertem na hora do recreio, ela fica isolada num cantinho. Na sala de aula quase não fala e participa pouco das atividades e, quando se sente exposta, transpira, gagueja, fica com os batimentos acelerados, entre outras alterações físicas. Essa criança não tem problema algum, ela é apenas tímida. “A timidez é uma característica da personalidade, como tantas outras”, explica Selma Maria Sabino Braga de Melo, psicopedagoga e diretora do Colégio Savioli.
Mas se for exagerada e frequente, a timidez pode atrapalhar (e muito) a vida da criança, adolescente ou adulto, pois faz com que eles não se exponham e não tirem suas dúvidas com medo de falar besteira, por exemplo. As especialistas consultadas para essa reportagem concordam que a ajuda do professor é fundamental para que essas crianças aprendam a lidar com a timidez. Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), faz uma comparação para explicar a importância do professor. “Em uma estrada, sabemos que estamos no caminho certo pelas placas que vão aparecendo. A timidez é uma característica que dependerá das placas que a pessoa encontrar ao longo da vida. E na escola é o professor quem mostra as placas.”

A criança tímida:
É insegura e tem baixa autoestima; Fica isolada do resto da turma; Não tem amigos (ou tem poucos); Não participa das atividades; Não interage com os coleguinhas; Não se expõe; Observa mais do que fala.
Quando se sente exposto, o tímido geralmente:
Fica com a mão gelada; Sua; Sente frio na barriga; Sente dor e sofre; Fica com os batimentos cardíacos acelerados; Fica angustiado; Gagueja.
                                           
Dica de livro:
A Timidez
Nesse livro, a timidez é considerada uma variante absolutamente normal da condição humana e tem forte valor de sobrevivência em certas circunstâncias. A autora levanta três elementos que interferem na timidez: o indivíduo, o ambiente e os processos de mediação indivíduo ambiente, que podem ser resumidos pelo conceito de adaptação à cultura a que ele pertence.
Autora: Giovanna Axia
Editora: Edições Loyola
Onde encontrar:
www.loyola.com.br
O que o professor deve fazer:
Ter paciência;
Criar vínculo com os alunos;
Observar o comportamento dos alunos para saber suas limitações;
Convidar a criança tímida a participar das atividades, mas não insistir se perceber que ela está sofrendo. É importante que ela sinta que faz parte do grupo;
Promover a integração da criança no grupo;
Elevar a autoestima do aluno com frases de incentivo e elogios. Por exemplo: “Que legal o seu desenho”;
Propor atividades em dupla. Assim, os parceiros têm oportunidade de conversar e criar vínculos. Atenção: o professor é que deve formar as duplas, pois pode acontecer de as crianças mais tímidas não serem escolhidas e, assim, se sentirem rejeitadas;
Conduzir as atividades de forma que a turma não perceba que algumas crianças têm dificuldade para participar e se expressar;
Conversar com a turma sobre as diferenças. Explique que cada pessoa é de um jeito e que não é preciso falar o tempo todo para ser legal;
Orientar os pais a convidar um coleguinha do filho para brincar em sua casa. Às vezes, em casa, a criança tímida consegue se soltar mais.
E o que o professor NÃO deve fazer:
Insistir para que uma criança fale ou participe de uma atividade;
Expor o aluno, por exemplo, pedindo para ler em voz alta ou escrever/desenhar na lousa.


Por Mariana de Viveiros

"É comum a criança tímida ser esquecida pelo professor e pela turma, pois diferentemente da hiperativa, ela não atrapalha."
 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CONHECENDO OS PENSADORES DA NOSSA EDUCAÇÃO

Nesta postagem pensei em falar um pouco sobre alguns pensadores, iniciando por Jean Piaget, para entender um pouquinho como ele pensava.



Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século XX. Ele foi biólogo e dedicou a vida a submeter a observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
Segundo Piaget, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o inicio da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. suas descobertas tiveram grande impacto na pedagogia, mas de certa forma, demonstraram que a transmissão de conhecimento é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender o que ainda não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai se interessar, a não ser por conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos.
Isso porque para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz - um mecanismo que outros pensadores, antes dele, já haviam intuido, mas que ele submeteu a comprovação na prática. Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista.

                               

Assimilação e acomodação
Com Piaget, ficou claro que as crianças não raciocinam como os adultos e apenas gradualmente, se inserem nas regras, valores e símbolos da maturidade psicológica. Essa inserção se dá mediante dois mecanismos: assimilação e acomodação.
O primeiro consiste em incorporar objetos do mundo interior a esquemas mentais préexistentes. Por exemplo: a criança que tem a idéia mental de uma ave como animal voador, com penas e asas, ao observar um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que não corresponde totalmente ao conhecido. Já a acomodação se refere a modificações dos sistemas de assimilação por influência do mundo externo. Assim, depois de aprender que um avestruz não voa, a criança vai adaptar seu conceito "geral" de ave para incluir as que não voam. 
Segundo Piaget, há quatro estágios básicos de desenvolvimento cognitivo:
- estágio sensório motor;
- estágio pré-operatório;
- operações concretas e
- operações formais.
A estes estágios, brevemente serão especificados neste blog. 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

PRATICA MENTAL

A pratica mental ou o treino mental é uma atividade que auxilia a criança a realizar pensar no movimento antes da execução do mesmo, isto no esporte ou na escola, depois de imaginar o movimento quando a criança for faze-lo ficará mais facil pelo fato de já ter vivenciando.
                                      


O treino mental é uma técnica utilizada para efetuar mudanças no comportamento e auxiliar o processo de aprendizagem. Ele corresponde à recapitulação cognitiva de uma habilidade física na ausência de movimentos físicos explícitos. É entendido como o pensar ou o imaginar certos aspectos da habilidade que se está aprendendo, sem envolvimento em qualquer movimento real.
 O treinamento mental sendo originário da psicologia cognitivista, busca influenciar os pensamentos e as representações mentais dos atletas objetivando a melhoria da sua performance. No que diz respeito à aprendizagem de habilidades motoras segundo Magill (1998) a primeira etapa da aprendizagem motora envolve um alto grau de atividade cognitiva e muito dessa atividade está relacionada à questão sobre o que fazer com essa nova tarefa, assim o treinamento mental pode ajudar nas respostas referentes à performance sem a pressão que acompanha o desempenho físico da habilidade, além de ser benéfico na consolidação das estratégias e na correção de erros nas etapas finais da aprendizagem, que seriam as fases associativa e autônoma.
É um trabalho dirigido ao condicionamento tanto da mente que pensa quanto da mente que sente, é parte do Treinamento de Capacidades Psíquicas, utilizado principalmente para incrementar a capacidade da criança e se baseia no princípio de que podemos exercer domínio maior dos nossos pensamentos, dos sentimentos e conseqüentemente, do nosso comportamento (FLEURY,1998).